Tinha eu uns quatro ou cinco anos quando começou a frequentar nossa casa um colega do meu pai.
Ia com a mulher, os filhos, a mãe e a avó e fazia visitas um tanto compridas pro gosto de nossa família.
O cara falava muito sobre uma casa que possuía num bairro afastado, à beira do Guaíba e sempre nos convidava pra visitar.
O sujeito era meio balaqueiro e meus pais devem ter comentado que a casa deveria ser uma maloca ou algo assim.
Depois de muita insistência, meus pais decidiram finalmente empreender a visita.
Tenho vaga lembrança daquele dia. Fazia muito calor. Chegamos perto do meio dia.
Conta-se que eu, um menino de apartamento, enlouqueci com o espaço. Tirei a camisa e saí correndo pelo pátio, mexendo com galinhas e guaipecas.
Conta-se também que as duas famílias ainda se cumprimentavam, quando venho dos fundos da casa em desabalada carreira, todo suado, invado a sala e grito a todos pulmões.
- E é uma maloca mesmo!!!
Não se compadeçam.
Um tempo depois, se descobriu que o cara tinha ligação com os milicos. Era um dos delatores da faculdade.
terça-feira, 24 de julho de 2018
sábado, 14 de julho de 2018
AS FRASES QUE OUVI NESTES 60 ANOS
Eu não disse?
Agora não adianta.
Pé descalço? Depois se gripa e não sabe o porquê.
Tu é muito fofo.
Tu é muito escroto.
É pra hoje isso aí?
Chega mais pra lá.
Gasta o que tem e o que não tem.
Passa hipoglós nesse troço.
Mais pra baixo.
Tá fora.
Tá dentro mas não causa sensação.
Vai começar?
Come isso logo de uma vez!
Bah. Que asa, heiin?
Fica aí, como sempre, empurrando tudo com a barriga.
Ai, como tu é.
Oi, né? Nem cumprimenta!?
Para um pouco de beber.
Marca, porra!!!
Passa, porra!!!
Tu é bem assim, mesmo.
Se continuar assim desse jeito eu vou mimbora.
Te agasalha.
Não volta tarde.
Banho que é bom, nada!
Cozinha não é lugar de criança
Tu tem prazer de incomodar.
Tem que ser tudo como tu quer.
Tão inteligente pra algumas coisas e tão burro pra outras.
Deixa que eu espremo isso aí.
De novo.
De novo?
Para.
Aqui não.
Agora não.
Ainda não.
Assim não.
Não.
Claro que não.
Jamais!
Isto e a cara de Deus verás nunca.
Agora não adianta.
Pé descalço? Depois se gripa e não sabe o porquê.
Tu é muito fofo.
Tu é muito escroto.
É pra hoje isso aí?
Chega mais pra lá.
Gasta o que tem e o que não tem.
Passa hipoglós nesse troço.
Mais pra baixo.
Tá fora.
Tá dentro mas não causa sensação.
Vai começar?
Come isso logo de uma vez!
Bah. Que asa, heiin?
Fica aí, como sempre, empurrando tudo com a barriga.
Ai, como tu é.
Oi, né? Nem cumprimenta!?
Para um pouco de beber.
Marca, porra!!!
Passa, porra!!!
Tu é bem assim, mesmo.
Se continuar assim desse jeito eu vou mimbora.
Te agasalha.
Não volta tarde.
Banho que é bom, nada!
Cozinha não é lugar de criança
Tu tem prazer de incomodar.
Tem que ser tudo como tu quer.
Tão inteligente pra algumas coisas e tão burro pra outras.
Deixa que eu espremo isso aí.
De novo.
De novo?
Para.
Aqui não.
Agora não.
Ainda não.
Assim não.
Não.
Claro que não.
Jamais!
Isto e a cara de Deus verás nunca.
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