Depois de exaustivas tratativas, por fim consegui convencer duas amigas a fazer sexo no menseger. Seria assim, uma espécie de ménage à trois virtual.
Seus nomes serão substituídos por fictícias abreviaturas. Os motivos para isto são óbvios e devo confessar não possuir exata certeza sobre a verdadeira ordem dos acontecimentos, mas a coisa foi mais ou menos assim;
CAIXA DO GRUPO – EU, JU, LE
EU – Então, gurias. Tudo certinho?
JU - Pra mim tá. Oi, Le
LE – Oi, Ju.
EU – Alguma ideia pra começar?
JU – Eu tenho, Fe.
EU – Diga.
JU – Eu e a Le vamos te amarrar, Fe.
EU – Hum...Vão mesmo? E vão me amarrar onde?
JU – Vamos amarrar você numa árvore.
EU – Numa árvore?
JU - É. Numa linda árvore.
EU - Hum... não sei não.
JU – Por que não sabe não?
EU – Ah...sei lá. Do lado de fora. Parece que sempre vai passar alguém. Um carteiro, um jornaleiro. Estas coisas do lado de fora não gosto muito.
LE - Tu é cheio de coisa, Fe.
EU - Fantasia pra funcionar tem de ter uma boa ligação com a realidade. Prefiro dentro de casa. Ou motel.
JU – Mas pode ser no mato, Fe, que no mato ñ tem ninguém. Num bosque florido.
EU – E eu vô tá amarrado e pelado nesse mato cheio de flor?
JU – Isso! Não é um tesão?
EU – E os bichos?
Nisso, abre a caixa de diálogos da Le.
CAIXA DA LE
LE - Pô, Fe. Essa mina quer dominar.
EU – Dominar o que?
LE – Tudo...ela quer fazer a regra. Não to gostando
EU – Bobagem. Volta pro grupo e vamos esquentar este troço.
CAIXA DO GRUPO
JU – Ei!!! Cadê vcs? Tão transando no reservado?
EU – Que nada. A conexão deu uma caída.
JU – Ah tá. Podemos continuar?
LE – Vamos... mas deixa eu dar uma ideia, então.
JU – Fala, Le.
LE – Podemos fazer a vontade do Fe, né JU? Vamos amarrar ele dentro de casa.
EU – Hum....e onde seria?
LE – Vamos te amarrar no fogão.
EU – No fogão?
LE – Isso. No fogão.
EU – Mas é impossível amarrar alguém no fogão. Não tem onde.
LE – Num fogão a lenha tem!
EU – Tem? e de onde vc tirou isso?
LE – Ah!!! Sei lá...Eu lembro que o tio Nilo amarrava o Tobi no fogão lá de casa.
EU – E quem seria o Tobi?
LE – O cachorro da vó Nonô.
JU – Caramba, Le! Teu tio comia o cachorro da tua avó?
LE – Claro que não, né? Só amarrava.
Nisso, abre-se novamente a caixa da Le.
CAIXA DA LE
LE – Caralho, Fe. Essa mina tá ofendendo minha família.
EU – Tá não.
LE – Tá sim. E o tio Nilo é um cara super legal. Ela não pode fazer isto. Vou sair daqui.
EU – Não. Fica aí, LE.
Nisso, abre-se a caixa da JU
CAIXA DA JU
JU – Putz, Fe. Essa tua amiga é de uma família de gente tarada. Tô com medo. Vou cair fora. Zoofilia não é meu estilo.
EU – Nada, Ju. Volta lá que vai ser legal.
CAIXA DO GRUPO
LE – Sumiram, pô. Tão me fazendo de boba.
EU – Que nada... é a conexão q tá uma bosta.
LE – Acho melhor esquecer isso de amarrar.
JU – Tá...tive uma ideia então.
EU – Fala.
JU – Eu e a Le vamos lamber tua testa.
EU – Hum...to gostando.
JU – Vamos lamber toda tua testa.
LE – Eu é que não!!!
JU – Por?
LE – Pura graxa.
JU – Como assim?
LE – Você mora a mil quilômetros daqui e não sabe...O Fe tem a pele oleosa. Além do mais a testa parece uma marquise . Muita superfície pra lamber. To fora.
Nisso abre a caixa da Ju.
CAIXA DA JU
JU – caracas, Fe...essa mina não te curte.
EU – Não? Por que?
JU – Ela nem quer lamber tua testa.
EU – Olha. Vou ser sincero contigo. Eu também não lamberia minha testa.
JU – Claro que não, né, Fe? Você nunca alcançaria.
EU – Bah.
JU – Só se tua língua fosse de elástico.
EU – Bah.
JU - E que tesão haveria em lamber a própria testa?
EU – Bah...
JU – Talvez as orelhas fosse legal poder lamber. Hein Fe? as orelhas...mas a própria testa, acho q a pessoa ñ ia gostar.
Nesse momento, antes de mais um inevitável bah, a conexão caiu. Não lamentei nadinha. Desliguei o PC, desconectei o smart da net, preparei um sanduba e liguei a TV. Tava passando Os Piratas do Caribe. Fiquei ali, suspirando de quando em vez. Lá fora um cachorro latia bem ao longe. Certamente era o Tobi. Fugindo do tio Nilo.
Bah!