Eu entro, eu penetro e eu chafurdo. E caio em algum post antipetista onde tem absolutamente antipetistas.
Aí dá pra ver o ódio escorrendo. As frases são todas curtas. As afirmações são tacanhas, são pesadas. A ignorância grassa. A grosseira irresponsabilidade medra.
Então entro nos perfis e vejo carrões e futilidades de toda espécie. O preconceito está ali, exposto. Dá uma tristeza.
A regra do cedilha é desconhecida. Escrevem pobremente. Escutam música da pior espécie.
Compartilham mentiras sem verificar a fonte e celebram seu feito com seus parecidos. Não raro falam em espancar, em torturar, em matar. Não raro há uma citação a Jesus em seus perfis. Ironia monstra.
Já tentei argumentar com gente assim. Falam por cima do que você está falando para não ouvir o que você tem pra dizer. Geralmente comentam um post com uma resposta malcriada. Perguntam quanto o PT está te pagando, mesmo quando você está apenas defendendo a democracia. Não têm argumentos. Não têm ideias. Se recusam a se aprofundar nas questões que possam levar a um outro tipo de horizonte. Se recusam a conhecer, a descobrir.
Eles não tem absolutamente nenhuma dúvida a respeito de seus valores. Parecem autômatos. Repetem suas frases chavões incansavelmente.
São zumbis. Contaminados pelo ebóla político.
Alimentados pela mídia criminosa.
São os fascistas.
Estão aparecendo por todo o canto.
Se aproximam.
Esta aproximação faz o grupo e o grupo é a tribo, e são os gritos da tribo que lhes cegam, e é esta cegueira que alimenta a coragem para tirar do armário a permissão para serem perversos.
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O comunismo fracassou mesmo. Foi um fiasco universal. Só Cuba ainda teima. Já o capitalismo vai de vento em popa. Aqui no Brasil vai cumprindo muito bem a meta de matar o maior número possível de pobres. São 55 mil assassinatos por ano. De vez em quando um mais abastado vai no bolo. Daí, a culpa é do PT, claro. O partido que protege bandido.
Lá nas Europas, nas praias do Mediterrâneo, os turistas tão achando um tantinho desagradável que estejam aparecendo cadáveres na areia. Dá cheiro ruim. O capitalismo precisa ser aperfeiçoado de modo que as pessoas de bem não precisem passar por estas situações constrangedoras. Crianças mortas na praia. Que coisa mais chata.
A humanidade está começando a cobrar e pelo que se está vendo vai sair do controle e não haverá nada a fazer. Estamos indo em direção à tragédia e ao caos generalizado para que alguns poucos encham o bolso de dinheiro. Pena que os responsáveis pela infâmia nunca irão pagar a conta. Estes estão muito bem protegidos. Os donos do planeta.
E você, que é um ninguém, assim como eu, não pensou ainda que talvez esteja jogando o jogo destes poucos? Um jogo que absolutamente não é seu?
domingo, 10 de janeiro de 2016
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
É AÍ QUE O BICHO PEGA
De saco pra mala, as pessoas têm me perguntado.
- E aí? Vais viajar nesse verão?
Claro que não.
Não sou bobo. Ano passado, nas finaleiras, caí de paraquedas em Floripa. As pessoas faziam fila pra conseguir um lugarzinho na sombra. E agora já vi a escovada que tomou este povo todo que saiu de Porto Alegre rumo às praias. Muita gente desistiu e voltou no meio do feriado, mais cansada e estressada do que quando saiu.
Uma amiga se queixou com desespero.
- No supermercado de Torres acabou a batata e a cebola. Deu tilt no cartão de crédito e as maquininhas não funcionam! E agora?
Veríssimo já canta esta pedra faz anos. Melhor lugar pra veranear é Porto Alegre.
E olha que a crise é monumental como diz o Bonner. Imagina se não tivesse crise. O caos seria ainda maior. O Brasil não tem infraestrutura, não tá preparado pras demandas de um Brasil que dá certo? Será que é esta a pergunta correta?
Neste fim de semana uma conhecida foi numa revendedora comprar um carro novo. Se assustou com o buzinaço que rolou em determinado momento. Perguntou ao vendedor o porquê daquilo. Ele respondeu sorridente.
- Acabamos de atingir a meta.
É mole?
É preocupante quando não se vendem carros, pois acontecem demissões e o nazista do Wack, o vampiro brasileiro, vem nos assustar com suas caretas de final dos tempos, mas também preocupa ver tantos veículos novos sendo lançados na malha, pra entupir o que já está por demais entupido. Se correr o bicho pega, se ficar...
Faz uns dois anos fui pra uma ilha fantástica onde não tem carro. A Ilha Grande do Rio de Janeiro.
Estávamos bebendo tranquilamente à beira mar, quando uma lancha se aproximou da orla. Era uma lancha funk. Marmanjos e popozudas dançavam no deck e fizeram todo mundo que estava na beira da praia ouvir a música deles. Minha gastrite cerebral ferveu. Não há escapatória. Não há mais ponto de fuga.
Um dos graves problemas do planeta é a superpopulação. Mas mais sério ainda que isso é o aumento exorbitante da população de idiotas. É aí que o bicho pega.
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