Eles tavam na cama e o troço tava incendiando.
- Gostoso.
- Hum...putinha.
- Tua putinha.
- Hum...delícia. Vagabunda.
- Sim... tua vagabunda.
- Tesão. Bagaceira safada.
- Hum...isto...tua safada.
- Não!
- Não o que?
- Não é minha nada! É uma putinha solta no mundo. Um traste. Uma vagaba que não vale o que come.
- Não senhor! Sou tua sim. Toda tua.
- Não é!
- Sou sim!
- Não é não.
- Vamos ter de tirar isso no par ou ímpar, então.
- Sério?
- Sério. Par ou ímpar?
- Par.
- Ímpar. Ganhei. Hoje vou ser a TUA putinha. Hoje quem vai sentir tesão sou eu.
- Tá.
- Amanhã a gente troca.
- Hum...beleza.
- Gostoso. Me beija.
- Beijo sim, minha putinha.
- Hum...delícia.
- Cachorra.
- Cachorra, não.
- Ah tá. Minha cachorra.
- Também não!
- Ué! Cavala, então.
- Não.
- Cabrita?...
- Cabrita muito menos.
- Mas por que???
- Os tempos mudaram, querido. Os animais nada têm a ver com o romance dos humanos.
- Isso é bobagem!
- Não é não.
- É bobagem sim. Vamos no par ou ímpar.
- Tá.
- Quero par.
- Ímpar.
- Ganhei.
- Tá.
- Gafanhota.
- hum...delícia.
- Lesma.
- Gostoso.
- Açucena.
- Opa, opa!
- Opa, opa o quê!!??
- Açucena não é animal.
- Claro que é!
- Não é não. Açucena é flor.
- Que nada. Açucena é uma ave do nordeste. Habita o Baixo Maranhão. É uma ave promíscua que dá pra tudo que é marreco e ganso da região.
- Seria assim, uma ave... putinha?
- Sim....uma ave bem putinha.
- Então sou TUA açucena.
- Putz. É mesmo. Bueno. Me beija, então, minha açucena.
- Não.
- Por?
- Vou ali pegar o dicionário pra ver esse açucena.
- Vamos apostar?
- Hum...valendo o que?
- ...quem sabe...alguma parte do corpo?
- Sai pra lá! Com essa você não me pega mais.
- Ah tá. Então esquece...e me beija.
- Tá...hum... gostoso.
- Dromedária.
- Que delícia...
- Centopeia louca.
- Não
- Não o quê, agora?
- Louca, não.
- Bah...então tá. Me beija.
- Hummm....
Nenhum comentário:
Postar um comentário