Carácoles.
Tenho uma colega de Face que é uma figura.
Ela é de esquerda e super atuante. Atuante na rede, diga-se. Que eu saiba.
É de esquerda, é atuante e parece estar sempre à beira de um.
O que acontece é que ela não lê direito o que tá escrito.
Não repara na importância das vírgulas ou, pela ansiedade, pula a palavra "não" e isto lhe faz entender tudo ao contrário.
Daí o que que ela faz?
Cai no meio do post dando voadora, soco e pontapé.
O agredido, que é aliado, não entende nada e, atônito, também adere à concepção matacobra. Possuído por extrema ira, enche a menina de osso.
Até se desfazer o mal entendido vai um bom tempo.
Sempre quando vejo que vai acontecer, preparo pipoca.
Mas olha só.
A coisa tá incandescendo e não é só política.
É qualquer questão trivial e as gentes tão se espinafrando.
O ódio escorre por este Facebook que a gente achava que ia ser libertador, agregador, cultural. Porra nenhuma. Virou pancadaria mais do que tudo.
A rede tirou nossa vaidade do armário e deu um lustro. Qualquer senão se torna insulto. E como tamos raquíticos de espírito, os insultos calam fundo e a raiva fica em volta, aconselhando.
Tamos à flor da pele, véi.
A rede é cosa do capeta.
A rede foi ferramenta maquiavélica pra colocar os danificados da alma no poder e a pancadaria que eles querem é atômica.
Os deformadores da realidade têm urgência em destruir.
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