sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

À BEIRA DE

Carácoles.

Tenho uma colega de Face que é uma figura.

Ela é de esquerda e super atuante. Atuante na rede, diga-se. Que eu saiba.

É de esquerda, é atuante e parece estar sempre à beira de um.

O que acontece é que ela não lê direito o que tá escrito.

Não repara na importância das vírgulas ou, pela ansiedade, pula a palavra "não" e isto lhe faz entender tudo ao contrário.

Daí o que que ela faz?

Cai no meio do post dando voadora, soco e pontapé.

O agredido, que é aliado, não entende nada e, atônito, também adere à concepção matacobra. Possuído por extrema ira, enche a menina de osso.

Até se desfazer o mal entendido vai um bom tempo.

Sempre quando vejo que vai acontecer, preparo pipoca.

Mas olha só.

A coisa tá incandescendo e não é só política.

É qualquer questão trivial e as gentes tão se espinafrando.

O ódio escorre por este Facebook que a gente achava que ia ser libertador, agregador, cultural. Porra nenhuma. Virou pancadaria mais do que tudo.

A rede tirou nossa vaidade do armário e deu um lustro. Qualquer senão se torna insulto. E como tamos raquíticos de espírito, os insultos calam fundo e a raiva fica em volta, aconselhando.

Tamos à flor da pele, véi.

A rede é cosa do capeta.

A rede foi ferramenta maquiavélica pra colocar os danificados da alma no poder e a pancadaria que eles querem é atômica.

Os deformadores da realidade têm urgência em destruir.

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