De repente, não mais que de repente, plim!
Me colocam num grupo no MSN.
Fico alvoroçado com o fato.
No entanto, é geralmente infrutífera a tentativa de achar para qual finalidade o grupo serve.
Mesmo assim, não saio do grupo.
Não me queixo nadinha.
Tampouco demonstro que me acho uma grande especiaria gritando no Face que não me coloquem em grupos.
Mantenho a serenidade dos humildes.
Noto que boa parte das pessoas interage mandando um dedão.
Outras poucas fazem algum comentário que, apesar do esforço, não consigo entender.
Mas a grande maioria vai saindo do grupo, sem dar qualquer explicação.
Se vão em debandada como ratos irritados em fila indiana, afinal de contas, são pessoas sérias que têm mais o que fazer ao invés de perder tempo num grupo de MSN sem sistema. Ora, por favor!
A tudo isso observo com bastante interesse e curiosidade.
Fulano saiu do grupo.
Beltrano saiu do grupo.
(fico aqui com meus botões. Será que alguém se magoa com tais procedimentos? Nunca verifiquei queixa).
Siclano saiu do grupo.
Passada a ventania das evasões, me resta a sensação de estar sozinho.
Melancolia.
Observo bem. Só sobrou eu mesmo.
Mantenho o silêncio por um tempo indeterminado.
Seguido a isso, para tirar todo e qualquer tipo de dúvida, grito a plenos pulmões;
HELÔOOOU! Tem alguém aí!!??
Não há resposta.
Nada.
Sendo assim, com a calma de um diretor de almoxarifado, desligo a luz e fecho a porta sem ruído. Há que se ter um pouco de responsabilidade nesta vida virtual.
Então, com a redentora sensação do dever cumprido, posso perambular pela casa quase sem nenhuma culpa e quem sabe até procurar uma bergamota perdida pela geladeira.
Bah.
É o que tem.
O que tem é pouco, eu sei... mas pelo menos é.
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