É verdade que nos tornamos escrotos também devido a vários processos sociais, mas isto não modifica a verdade.
Somos escrotos e aquela tarde em que os deputados expulsaram a Dilma, pudemos ver com clareza o que somos, o que nos tornamos. Nos tornamos aquilo. Escrotos ordinários.
Somos conduzidos por uma poderosa empresa de comunicação que nos afaga todo o tempo, que nos diz que somos os mais bonitos, os mais talentosos, os mais irreverentes do planeta. No entanto, esta mesma mãe madrasta coloca venenos e drogas em nossa mamadeira. Ela nos quer idiotas. Ela nos quer torpes e perversos. E assim estamos. Escrotos. Odiosos. Consumidores de lixo. As mais novas e aperfeiçoadas hienas da América. Os mais tolos. Os mais anestesiados.
Ficamos embevecidos quando a TV diz que nesta Olimpíada os estrangeiros estão encantados com nossa hospitalidade, nossa acolhida. Somos bacanas com os estrangeiros, não é? Na verdade somos apenas vira latas mesmo, pois entre nós somos canalhas. Somos traidores, covardes, divisionistas, segregadores. Otários. Escrotos.
Orgulho? Orgulho de que? Vergonha, isto sim.
Vamos descobrindo que o golpe de 64 não terminou. Não fizemos a faxina como deveríamos ter feito. E agora temos de assistir aos moleques de sempre barbarizando nas nossas fuças.
Somos tão escrotos que democracia ou ditadura tanto faz. Somos uns escrotos. E vamos pagar caro por isso.
fc - agosto - 16 - pOa
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