As mulheres tem conseguido provar, dia após dia, que nós homens somos amebas. Este massacre, que começou de uns tempos pra cá, nos colocou no lugar de meros protozoários destinados a fazer pequenos serviços, serviços estes que fazemos mal, é justo que se diga, e isto nos dá imensa vergonha.
Estamos completamente fora de combate, esmigalhados, mas as mulheres, não contentes com sua visível superioridade, mantém o pé sobre nossas cabeças, exercendo pressão exata.
- Fica aí quietinho.
Antigamente a TPM durava 2, 3 dias. Atualmente, é como se fosse uma TPM até o final dos tempos. A impaciência e o azedume estão presentes desde o despertar até o momento de fechar os olhos. As mulheres, que antes consideravam o homem objeto de primeira necessidade, agora não sabem o que fazer com a gente. Tornamo-nos descartáveis e irritantes.
E vou falar pra vocês qual é o momento mais difícil deste nosso martírio. Não tenho dúvida que é quando nos chamam pra arrumar a cama, trocar lençóis.
A tortura começa com a fronha. Enquanto minha mulher já colocou fronhas limpas em 5 travesseiros e fez este trabalho de forma impecável, eu coloquei em apenas um e este ficou todo embolado. É neste momento que ela me joga seu sorrisinho sórdido. É um escárnio que diz algo tipo; "a amebinha não consegue nem colocar um travesseiro dentro de uma fronha?".
Mas o máximo, aconteceu dia destes, quando descobri com tristeza que até minha mãe faz parte deste ignóbil conluio.
Estava eu na casa dela, no computador, executando minhas importantes tarefas, quando repentinamente ela me conclama a arrumar a cama. Eu pressenti, naquele momento, que havia um tom de voz diferente naquele chamamento.
Iniciamos a atividade e pude sentir a arrogância nas pequenas ordens, no "ajeita aqui", no "puxa ali", havia séria e dura impertinência na forma de falar, mas foi no ponto crucial da arrumação que o ambiente realmente ficou tenso. Você sabe a que estou me referindo? É aquele instante em que você tem de ajeitar a ponta do lençol à ponta do colchão. Não sei qual é a caralha da deformação do colchão ou da porra do lençol que torna a tarefa impossível. Não dá pra fazer! Não tem como ajustar estas duas peças com a perfeição que estas megeras exigem e nunca sei qual é o defeito que elas conseguem enxergar ali e foi nesse exato momento que minha mãe colocou as mãos na cintura, e me olhou fixamente, disparando.
-Tu é burro, guri.
O "burro" da mami geralmente vem com 5 érres quando ela fica irada. E eu ali, de cabeça baixa, me esforçando ao máximo pra ajustar as arestas da melhor forma possível e me sentindo o maior perna de rato do planeta.
Vou dizer uma coisa pra vocês. As mulheres andam insuportáveis no geral, mas é no ato de arrumar a cama que elas chegam ao ápice da nojentice. É aí que elas se superam. Ainda vai nascer um novo Freud pra explicar isto.
FC - JUNHO -15 - pOa
Nenhum comentário:
Postar um comentário