Fico admirado de ver como as pessoas gostam de carnaval.
As pessoas são muito puras e ficam felizes com os simples ato de brincar, pular. Fazem isto horas a fio, sob um sol escaldante, muitas vezes sem ter onde pegar uma cerveja ou um refri.
Eu fico realmente assombrado. Deve ser uma mensagem que vem de muy priscas eras, uma herança ancestral, que faz as gentes saracotearem sem parar, com um sorriso que não se desmancha nunca.
Dia destes alguém me perguntou se gosto de dançar. A resposta veio assim.
- Se for por uma causa nobre até danço.
Se você não entendeu vou tentar ilustrar.
Hipoteticamente resolvo ir ao bloco. Tás acompanhando? Penetro, avanço. Resolvo que vou pra galera e vou mesmo. Chego até o epicentro de um bloco que tem mais de um milhão de pessoas. São 20 Maracanãs lotados. Dá pra ter 5 crises de pânico. Fácil. Mas fico aqui. Não arredo. Já que estamos no inferno comamos o diabo. Não é?
Aqui tem muita gente. Um milhão de pessoas animadas. Se eu quiser sair pra fazer xixi levarei meia hora. Estas pessoas não devem mijar. Ou então suam todo o xixi. Aliás, por falar nisso, é uma delícia quando a gente se encosta num gordo grudento. Mas vamos brincar, vamos pular.
De repente, na minha frente surge uma cabrocha. Animada. Tem o meu jeito. Simpática, bonitinha. Parece gostar de mim. Logo nos tornamos um par. To começando a gostar disso. Vai se formando uma lógica.
Num determinado momento, no meio daquela insanidade toda, somos os dois empurrados, um em direção ao outro, e aproveitamos o acontecido pra grudar um beijo. Agora sim to gostando mesmo deste troço de bloco. Então sou eu quem inicia o diálogo.
- Humm...beijo gostoso.
- É mesmo!
- Vamos?
- Que!?
- Vamos?
- Pra onde?
- Sei lá. Pra minha casa. Prum motel.
- Você tá doido. O bloco recém começou.
- Ah tá.
- Você não gosta de brincar?
- Quem, eu? Adoro.
- Então vamos brincar. Vamos animar.
- Tá.
- Olha só. Se você ficar comigo até o fim do bloco até posso pensar em aceitar seu convite e podemos ir pra sua casa ou algo assim.
- Legal. E até que horas vai o bloco?
- Até às 9.
- Mas tem mais 4 horas ainda!?
- Por aí.
- Se eu pular tudo isso vou pro São Miguel e Almas e não pro motel.
- Chato.
- Escuta só. E digamos que eu fosse pra casa? Ficava lá de boas, assistindo TV e no fim do bloco te buscava? O que você acha dessa ideia?
- Ninanina. Não senhor. Assim não vale.
- Tá. Tá bom. Então olha só. Me dá mais um beijo?
- Dou sim.
- Hum...beijo gostoso.
- Muito gostoso.
- Então...
- Então o que ?
- Vamos?
Eu fico realmente assombrado. Deve ser uma mensagem que vem de muy priscas eras, uma herança ancestral, que faz as gentes saracotearem sem parar, com um sorriso que não se desmancha nunca.
Dia destes alguém me perguntou se gosto de dançar. A resposta veio assim.
- Se for por uma causa nobre até danço.
Se você não entendeu vou tentar ilustrar.
Hipoteticamente resolvo ir ao bloco. Tás acompanhando? Penetro, avanço. Resolvo que vou pra galera e vou mesmo. Chego até o epicentro de um bloco que tem mais de um milhão de pessoas. São 20 Maracanãs lotados. Dá pra ter 5 crises de pânico. Fácil. Mas fico aqui. Não arredo. Já que estamos no inferno comamos o diabo. Não é?
Aqui tem muita gente. Um milhão de pessoas animadas. Se eu quiser sair pra fazer xixi levarei meia hora. Estas pessoas não devem mijar. Ou então suam todo o xixi. Aliás, por falar nisso, é uma delícia quando a gente se encosta num gordo grudento. Mas vamos brincar, vamos pular.
De repente, na minha frente surge uma cabrocha. Animada. Tem o meu jeito. Simpática, bonitinha. Parece gostar de mim. Logo nos tornamos um par. To começando a gostar disso. Vai se formando uma lógica.
Num determinado momento, no meio daquela insanidade toda, somos os dois empurrados, um em direção ao outro, e aproveitamos o acontecido pra grudar um beijo. Agora sim to gostando mesmo deste troço de bloco. Então sou eu quem inicia o diálogo.
- Humm...beijo gostoso.
- É mesmo!
- Vamos?
- Que!?
- Vamos?
- Pra onde?
- Sei lá. Pra minha casa. Prum motel.
- Você tá doido. O bloco recém começou.
- Ah tá.
- Você não gosta de brincar?
- Quem, eu? Adoro.
- Então vamos brincar. Vamos animar.
- Tá.
- Olha só. Se você ficar comigo até o fim do bloco até posso pensar em aceitar seu convite e podemos ir pra sua casa ou algo assim.
- Legal. E até que horas vai o bloco?
- Até às 9.
- Mas tem mais 4 horas ainda!?
- Por aí.
- Se eu pular tudo isso vou pro São Miguel e Almas e não pro motel.
- Chato.
- Escuta só. E digamos que eu fosse pra casa? Ficava lá de boas, assistindo TV e no fim do bloco te buscava? O que você acha dessa ideia?
- Ninanina. Não senhor. Assim não vale.
- Tá. Tá bom. Então olha só. Me dá mais um beijo?
- Dou sim.
- Hum...beijo gostoso.
- Muito gostoso.
- Então...
- Então o que ?
- Vamos?
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