terça-feira, 21 de abril de 2015

GÊNIOS BRAZUCAS



Lendo uma biografia sobre o fantástico e quase desconhecido músico brasileiro Moacir Santos, achei esta pérola da flautista Andrea Ernst Dias, autora do livro;

DORIVAL CAYMII MOSTROU PONTARIA CERTEIRA AO USAR O MÍNIMO MATERIAL EM FAVOR DE UMA GRANDE MÚSICA.



Algo que penso: Chico, Caetano, Milton, Jobim são fabulosos arquitetos e engenheiros que trabalham soberbamente com uma vasta gama de materiais.

Mas Caymmi, pra mim, é gênio pela simplicidade. É aquele pintor que com três ou quatro pinceladas já cria um universo.

Acho que a canção “Só Louco” tem a menor letra da MPB. A gente nem nota.

"Só louco amou como eu amei
Só louco quis o bem que eu quis

Óh, insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porquê de amor para entender
É preciso amar, porque...

Só louco".

O outro gênio?

Jorge Benjor.

Depois de cantar JACAREZINHO qual é a palavra exata que a gente grita logo a seguir?

AVIÃO!!!

Não é óbvio e genial?

As letras de Jorge Benjor são tão malucas quanto as do folclore brasileiro.

Escravos de jó
Jogavam cachangá
Tira, bota,
Deixa o Zé Pereira ficar

Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za

A letra de Escravos de Jó não é a cara do Benjor?

Caymii e Benjor.

Pra mim, os grandes gênios brazucas.
FC - 15 -pOa


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