Lendo uma biografia sobre o fantástico e quase desconhecido músico brasileiro Moacir Santos, achei esta pérola da flautista Andrea Ernst Dias, autora do livro;
DORIVAL CAYMII MOSTROU PONTARIA CERTEIRA AO USAR O MÍNIMO MATERIAL EM FAVOR DE UMA GRANDE MÚSICA.
Algo que penso: Chico, Caetano, Milton, Jobim são fabulosos arquitetos e engenheiros que trabalham soberbamente com uma vasta gama de materiais.
Mas Caymmi, pra mim, é gênio pela simplicidade. É aquele pintor que com três ou quatro pinceladas já cria um universo.
Acho que a canção “Só Louco” tem a menor letra da MPB. A gente nem nota.
"Só louco amou como eu amei
Só louco quis o bem que eu quis
Óh, insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porquê de amor para entender
É preciso amar, porque...
Só louco".
O outro gênio?
Jorge Benjor.
Depois de cantar JACAREZINHO qual é a palavra exata que a gente grita logo a seguir?
AVIÃO!!!
Não é óbvio e genial?
As letras de Jorge Benjor são tão malucas quanto as do folclore brasileiro.
Escravos de jó
Jogavam cachangá
Tira, bota,
Deixa o Zé Pereira ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za
A letra de Escravos de Jó não é a cara do Benjor?
Caymii e Benjor.
Pra mim, os grandes gênios brazucas.
FC - 15 -pOa
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