Nos trataram com a maior cortesia.
Quando é professor ou estudante se manifestando, eles sentam o braço, mas festa clandestina, poliça só falta dar brinde. Não sei como fomos parar num motel, mas depois de nos lambuzarmos bem com álcool gel e usarmos calcinhas e cuecas à guiza de máscara, demos início aos trabalhos e pude notar que a menina era possuidora de notório talento e perturbadora volúpia e fui administrando o troço como dava até o momento em que ela retirou a cueca, quer dizer, tirou a cueca da cara pra poder falar alguns impropérios e fiquei assombrado com o repertório interminável de palavrões e chulices que a moça murmurava que chegou num momento que ela ofendeu minha mãe e até meus tios e percebendo que se aproximava formidável orgasmo me segurei na cama com todas as unhas e foi nesse momento de estrondo vulcânico que a moça gritou a todos pulmões;
- VAI, COVIDÃOOOOOO!!!
Bueno.
A parada se desmanchou como um pneu furado.
Levantei da cama e deixei ali a mina orgasmeando sozinha.
Depois de entornar minha caipira de álcool gel cloroquinado de um só gole, me aproximo da janela e passo a gargalhar em direção à lua.
Impressionante.
Gargalhadando e chorando ao mesmo tempo. Lágrimas de crocodilo? Não. Lágrimas de jacaré, por supuesto.
- Vem cá, minha pandemia. Vem de conchinha.
Reparei que a moça tava recomposta.
- Tá. Já tô indo.
- Vem me dar um pouco mais desse tratamento precoce, vem?
- Hum.
- Virusão.
- Bah.
- Vem me dar um pouco mais desse tratamento precoce, vem?
- Hum.
- Virusão.
- Bah.
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