- Hum.
- Coisa boa, né? Um sábado de folga, só pra gente descansar...
- Humhum.
- ...pra relaxar, ficar de papo pro ar, conversar...
- Humhum...
- Querido. Você tá muito absorto hoje. Tá aéreo...
- Tô?
- Tá sim. Tá tudo bem?
- Tá. Tudo certinho.
- Então me diz no quê que você tá pensando!
- Eu?
- Não! Eu, Ernesto! Claro que é você. Me diz!
- Digo o que?
- No que você tá pensando?
- Não tô pensando em nada, querida.
- Ninguém não tá pensando em nada, Ernesto! Fala logo, pô.
- Bobagem...pensando nada...pensamentos voláteis...
- Ernesto. Me responde uma coisa. Você me ama?
- Amo.
- Ama mesmo?
- Amo muito.
- Então. Quem ama não tem nada a esconder. Quem ama de verdade divide tudo com o outro. Não é?
- É.
- Diz, então !
- Bom...tava pensando neste clima politico pesado que tá atrapalhando o fim do ano das pessoas, esta discórdia que...
- Ahhh! Para, Ernesto! Não vem com essa. Você tava com uma cara de babão cheio de reminiscências.
- Tava?
- Tava sim. Fala de uma vez!
- Na verdade, quer saber?
- Quero
- Eu tava lembrando da primeira vez que a gente transou.
- Sério?
- Seríssimo.
- Não acredito. Tás inventando isso.
- Tô não.
- Tás me enganando. E me responde. Se você tava lembrando da nossa primeira vez, que na época era novidade, é porque você não gosta mais da nossa transa atual!!? Encheu, não é isso?
- Nada. Tô até imaginando que seria uma grande ideia se a gente transasse agora. Vamos?
- Nop.
- Por que nop?
- Não posso. Tenho de fazer as unhas, depois supermercado...
- Bobagem. Isso tudo pode ficar pra depois.
- Pode não. Olha só. Se você não ficar muito pensativo, taciturno desse jeito, amanhã, depois do Fantástico, rola.
- É?
- É.
- Tá bom.
- Marcado. Mas, Ernesto... Vai fazer alguma coisa.
- Como assim?
- Vai ocupar este cérebro. Não fica por aí, pensando besteira.
- Mas que besteira?
- Ora, querido. Você sabe do que tô falando. Besteira...
- Sei não.
- Sabe sim. Óh. Tô vendo pela tua cara, com este risinho cínico.
- Tá vendo o que?
- Te conheço muito bem, Ernesto. Já sei do que tás lembrando, fofo!
- Tô lembrando o que, pô?
- Eu sabia! Tás lembrando daquela sirigaita, Ernesto!
- Que sirigaita, Marília?
- Para de rir, Ernesto! Tás lembrando daquela vadia de novo. To vendo muito bem nessa tua cara safada. Você acaba de estragar meu findi, Ernesto! Este é o teu prazer.
- Bah, Marília! Não dá pra te aguentar com tuas milhares de improváveis conjecturas. Fui.
- Volta aqui, Ernesto. Fala, desgraçado! Tás pensando naquela vaca, né?
-...
- Volta aqui e responde! Ah, não vais vir? Tá bom então. Sabe aquilo que te prometi pra depois do Fantástico? Esquece. Dou prum mendigo, mas não dou pra ti.
- ...
- Volta aqui, Ernesto! Putz. Tão bom que tava o findi e esse merda tem de estragar tudo.
- Bom...tava pensando neste clima politico pesado que tá atrapalhando o fim do ano das pessoas, esta discórdia que...
- Ahhh! Para, Ernesto! Não vem com essa. Você tava com uma cara de babão cheio de reminiscências.
- Tava?
- Tava sim. Fala de uma vez!
- Na verdade, quer saber?
- Quero
- Eu tava lembrando da primeira vez que a gente transou.
- Sério?
- Seríssimo.
- Não acredito. Tás inventando isso.
- Tô não.
- Tás me enganando. E me responde. Se você tava lembrando da nossa primeira vez, que na época era novidade, é porque você não gosta mais da nossa transa atual!!? Encheu, não é isso?
- Nada. Tô até imaginando que seria uma grande ideia se a gente transasse agora. Vamos?
- Nop.
- Por que nop?
- Não posso. Tenho de fazer as unhas, depois supermercado...
- Bobagem. Isso tudo pode ficar pra depois.
- Pode não. Olha só. Se você não ficar muito pensativo, taciturno desse jeito, amanhã, depois do Fantástico, rola.
- É?
- É.
- Tá bom.
- Marcado. Mas, Ernesto... Vai fazer alguma coisa.
- Como assim?
- Vai ocupar este cérebro. Não fica por aí, pensando besteira.
- Mas que besteira?
- Ora, querido. Você sabe do que tô falando. Besteira...
- Sei não.
- Sabe sim. Óh. Tô vendo pela tua cara, com este risinho cínico.
- Tá vendo o que?
- Te conheço muito bem, Ernesto. Já sei do que tás lembrando, fofo!
- Tô lembrando o que, pô?
- Eu sabia! Tás lembrando daquela sirigaita, Ernesto!
- Que sirigaita, Marília?
- Para de rir, Ernesto! Tás lembrando daquela vadia de novo. To vendo muito bem nessa tua cara safada. Você acaba de estragar meu findi, Ernesto! Este é o teu prazer.
- Bah, Marília! Não dá pra te aguentar com tuas milhares de improváveis conjecturas. Fui.
- Volta aqui, Ernesto. Fala, desgraçado! Tás pensando naquela vaca, né?
-...
- Volta aqui e responde! Ah, não vais vir? Tá bom então. Sabe aquilo que te prometi pra depois do Fantástico? Esquece. Dou prum mendigo, mas não dou pra ti.
- ...
- Volta aqui, Ernesto! Putz. Tão bom que tava o findi e esse merda tem de estragar tudo.