Você sabe a tradução disto? Eu sei. Significa “o que é isso ali?” E “can not be this there?” Você sabe? Isto quer dizer “não pode ser isso ali”.
Estas idiotices fazem parte do meu reduzido e equivocado repertório da língua inglesa. As demais inutilidades que sei, aprendi em filmes pornográficos. Por exemplo, quando as mina ficam doidas, elas geralmente falam “óh, Dog!” e os mano dizem “óh shit”.
Sempre achei esquisitas estas expressões, mas dia destes fui fazer um folkness com minha namo e resolvi experimentar. Até traduzi. No terceiro “óh, merda” ela me deu um soco na cabeça. Não gostou da parada, então fiz o resto do folkness em total silêncio, já que a orelha ficou ardendo.
Tenho três grandes frustrações na vida. Nunca dirigi um submarino, nunca namorei uma búlgara e não falo inglês. As duas primeiras, acho que tenho ainda alguma chance de sanar. Já a terceira, perdi as esperanças faz três anos, quando numa tarde em Berlim, entre brasileiros, alemães e italianos, fiquei boiando completamente nos assuntos. Ali, sentado num restaurante, mais nervoso que gato em dia de faxina, prestei a máxima atenção possível na conversa dos colegas e não entendi quase nada.
Conseguia pescar alguma palavra ou alguma expressão vez por outra, mas logo em seguida voltava ao vácuo. Então notei que pra aprender inglês é preciso ser ligado, ou um termo que se usa aqui no sul, que é ainda mais justo; Antenado. E eu, definitivamente, não sou um cara antenado.
No meio daquela conversa, a qual eu não conseguia fazer parte, naquela tarde surpreendentemente fria de julho, no meio do verão europeu, descobri, com amargor, que não vou falar inglês jamais, pois entendi que funciono sempre com meio cérebro pra fora e meio cérebro pra dentro e isto me faz muitas vezes não entender nem mesmo o português.
Como já não está mais nos meus planos ir viver em qualquer outro país, muito menos de língua inglesa, acho que babaus. Também não vou entrar em nenhum curso, pois qualquer coisa parecida com o “The book is on the table” vai me fazer cagar de rir. Agora vai assim mesmo. Caipira até o fim. Caipira até morrer.
Podem até botar na minha lápide; I never spoke english. Putz, esta frase deve estar errada. Óh, merda.
Fernando Corona – Julho de 14
Estas idiotices fazem parte do meu reduzido e equivocado repertório da língua inglesa. As demais inutilidades que sei, aprendi em filmes pornográficos. Por exemplo, quando as mina ficam doidas, elas geralmente falam “óh, Dog!” e os mano dizem “óh shit”.
Sempre achei esquisitas estas expressões, mas dia destes fui fazer um folkness com minha namo e resolvi experimentar. Até traduzi. No terceiro “óh, merda” ela me deu um soco na cabeça. Não gostou da parada, então fiz o resto do folkness em total silêncio, já que a orelha ficou ardendo.
Tenho três grandes frustrações na vida. Nunca dirigi um submarino, nunca namorei uma búlgara e não falo inglês. As duas primeiras, acho que tenho ainda alguma chance de sanar. Já a terceira, perdi as esperanças faz três anos, quando numa tarde em Berlim, entre brasileiros, alemães e italianos, fiquei boiando completamente nos assuntos. Ali, sentado num restaurante, mais nervoso que gato em dia de faxina, prestei a máxima atenção possível na conversa dos colegas e não entendi quase nada.
Conseguia pescar alguma palavra ou alguma expressão vez por outra, mas logo em seguida voltava ao vácuo. Então notei que pra aprender inglês é preciso ser ligado, ou um termo que se usa aqui no sul, que é ainda mais justo; Antenado. E eu, definitivamente, não sou um cara antenado.
No meio daquela conversa, a qual eu não conseguia fazer parte, naquela tarde surpreendentemente fria de julho, no meio do verão europeu, descobri, com amargor, que não vou falar inglês jamais, pois entendi que funciono sempre com meio cérebro pra fora e meio cérebro pra dentro e isto me faz muitas vezes não entender nem mesmo o português.
Como já não está mais nos meus planos ir viver em qualquer outro país, muito menos de língua inglesa, acho que babaus. Também não vou entrar em nenhum curso, pois qualquer coisa parecida com o “The book is on the table” vai me fazer cagar de rir. Agora vai assim mesmo. Caipira até o fim. Caipira até morrer.
Podem até botar na minha lápide; I never spoke english. Putz, esta frase deve estar errada. Óh, merda.
Fernando Corona – Julho de 14
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